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Ó alma minha!
Por que palpitas aflita
em minhas entranhas?

Que sombras são essas que se
contorcem dentro em mim,
qual ondas gigantescas
ameaçando abalar
os fundamentos do meu ser?

Como perscrutar
as tuas razões?
Se és parte intrínseca do meu ser
como podes me surpreender
tão impiedosamente?
Ou, porventura, terei eu deixado de ser
o senhor em minha própria casa?

Por isso conclamo-te, alma minha,
Alia-te a mim
na busca pelas razões
que me assombram!
Sejamos parceiros
na espinhosa via de perscrutar
os motivos da nossa angústia!
Só assim voltarei a ter prazer
de habitar em paz
no seio do meu ser,
ainda que eu tenha que pagar
o pesado tributo
de sofrer

Lothar Carlos Hoch
21/09/2011