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SALVADOR, BA – Na manhã de 27 de julho, a Comunidade Luterana de Salvador, Bahia, celebrou o centenário de sua fundação. O evento reuniu a comunidade, representantes do movimento ecumênico e pessoas convidadas. A celebração teve a coordenação do Pastor Emérito Nelson Kilpp, da Vice Pastora Sinodal do Sínodo Espírito Santo a Belém, Pa. Iraci Wutke e do Pastor 1º Vice-Presidente da IECLB, P. Odair Braun. Estes 100 anos de história são marcados por fé, resiliência e testemunho.

 

Origens da Comunidade

As raízes da Comunidade de Salvador remontam aos pastores pioneiros Otto Arnold, Joachin Vahl e Karl Graeter. Eles cruzaram sertões e enfrentaram longas viagens para semear a Palavra de Deus por todo o Nordeste, chegando a São Luis do Maranhão, Belém e Manaus. Os primeiros tempos foram de vulnerabilidade: pastores itinerantes, recursos escassos e a solidão de uma comunidade pequena em um vasto território.

A Segunda Guerra Mundial trouxe provações com a prisão de membros e do pastor, o fechamento da comunidade e a desestabilização da vida das frágeis comunidades que reuniam, antes da guerra, em torno de 1300 luteranos em toda a região. A reabertura só veio em 1957, com o apoio do então Sínodo Brasil Central e a determinada atuação do Pastor Walter J. Schlupp.

A história da comunidade ecoa a passagem bíblica de Lucas 10.1-11, onde Jesus envia setenta discípulos “como cordeiros no meio de lobos”, sem bolsa, alforje ou sandálias. “Assim foi com Salvador”, se destacou ao longo da celebração do centenário. A comunidade experimentou a escassez, a dependência total de Deus e a necessidade do apoio mútuo. Ela muitas vezes encontrou abrigo ecumênico nos braços de irmãos anglicanos, presbiterianos e batistas que cederam seus espaços para as celebrações dos luteranos.

 

Os desafios do presente

A celebração do centenário não ignorou os desafios do presente. A mensagem central da missão dos setenta, “o Reino de Deus chegou até vocês”, ressoa com urgência em uma Salvador marcada por elevados índices de violência, que geram insegurança e apreensão. “Qual é o nosso papel como igreja diante desta realidade?” foi a pergunta que perpassou a pregação.

A resposta está na perseverança e na ação. A “paz” não é mera ausência de conflito, mas plenitude de bem-estar, reconciliação e justiça, “o oposto do caos e do medo”. A comunidade busca ser presença do “braço estendido de Deus no mundo”, promovendo essa paz de forma concreta: através do trabalho diaconal, com o Projeto Sementinha; pela participação em ações ecumênicas; por meio de orações incessantes e no apoio a campanhas promovidas pela IECLB. A paz se concretiza por meio do diálogo com outras tradições religiosas e culturais.

A celebração do centenário destacou que, nesses 100 anos de história, a Comunidade Luterana de Salvador sempre se soube sustentada pelo Bom Pastor. Seu legado é de uma fé que superou distâncias geográficas e culturais, perseguição e escassez. Para futuro vale, no entanto, o mesmo chamado: ser agentes de paz, conciliação e anúncio do Reino de Deus, confiando que, mesmo com “bolsas vazias”, as mãos de Deus estão cheias de graça para sustentar a missão.

 

Texto: Pastor Odair Braun e Pastor Nelson Kilpp

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