|

Mateus 8.23-27

O hino 577 do LCI (Livro de Canto da IECLB), intitulado “Qual barco singra pelo mar” ilustra muito bem o barco da igreja do Senhor que singra através do mar da história. Este tema é relembrado no primeiro verso de cada uma das quatro estrofes.

Além disso, a primeira estrofe mostra claramente o alvo para onde o barco vai: Eternidade o alvo é. Ou seja: Nossa vida é uma viagem em direção à vida eterna. Pergunto: nossa Igreja ainda está na direção certa? Será que vamos alcançar este alvo sem naufragar antes? Pois o mar da vida não é sempre tranquilo e exige luta e empenho de todas as pessoas viajantes.

A história bíblica de Mateus 8.23-27 conta que Jesus acalma uma tempestade no mar, e diz: Porque sois tímidos, homens de pequena fé? Aprendemos que nós, pessoas cristãs, podemos confiar no nosso Senhor em todas as tempestades e tumultos de nossa vida.

Esta confiança está nas palavras de oração do estribilho do hino: Guia-nos, Senhor! Ampara-nos, Senhor, pois sem ti nos assaltam temor, solidão. Ó guia-nos, Senhor! Vemos aqui que o Capitão do navio é Jesus. Ele guia. Com Cristo no barco somos Igreja do Senhor.

A segunda estrofe ilustra: barco em calmo porto. Seria muito agradável poder viver em tranquilidade e paz de um porto seguro, sem ondas assustadoras, lembrando os momentos gloriosos da história da Igreja.

Porém, o Capitão do barco da Igreja nos chama a trabalhar, agir, lutar. Jesus disse: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura (Marcos 16.15). Mãos à obra. Nós temos tarefas a cumprir.

Ainda na segunda estrofe diz o ditado: “Quem não arrisca, não petisca”. Quem medo tem de hoje agir, de Deus pouco verá. Só quem na luta persistir, vitória alcançará. Por isso clamamos: guia-nos, Senhor!…

A terceira estrofe fala da tripulação, nós, a Igreja. Todos e todas deveriam confiar no bom navegador, obedecer ao Capitão e cada um em seu lugar cumprir o seu dever. Mas a tripulação é composta de pessoas falhas que levam à desunião e separação. Deste modo, o barco tem dificuldade de permanecer no rumo certo. Por isso, clamamos novamente: guia-nos, Senhor!…

A quarta estrofe aponta para a eternidade. Deus nos espera. Mas o barco é lento. Convém sempre lembrar que em rumo igual pessoas amigas há que auxílio vêm prestar. Com elas podemos vencer as próprias limitações e fraquezas e ganhar nova coragem para seguir em direção ao alvo prometido. Enquanto não chegamos lá cantamos guia-nos, Senhor!… Bondoso Deus, com teu filho em nossa liderança, sempre estaremos no rumo certo. Amém!

P. Paulo Roberto Franke
Paróquia Evangélica de Confissão Luterana em Estância Velha