Comitê Central do Conselho Mundial de Igrejas se reúne em Johannesburg, África do Sul
De 18 a 24 de junho de 2025, esteve reunido o Comitê Central do Conselho Mundial de Igrejas. O Comitê se constitui por 150 delegadas e delegados, além das oito pessoas que presidem as regiões do Conselho. Também participam representantes de diversas parceiras ecumênicas, totalizando um público de até 400 pessoas. O Pastor Mauro Souza, Assessor para Missão Global e Ecumenismo e Segundo Vice-Presidente da IECLB, participou do evento. Ele integra o Comitê Central desde sua eleição, na Assembleia Geral de Karlsruhe, na Alemanha, em 2022.
A reunião aconteceu na África do Sul, a convite do Conselho Sul-Africano de Igrejas Cristãs. Ela dá continuidade ao trabalho do Comitê, fundamentado na peregrinação por justiça, reconciliação e unidade. Entre os diversos temas tratados, o Comitê elegeu o Comitê Executivo. Este grupo de 25 pessoas é responsável por tomar decisões entre uma reunião e outra do Comitê Central. Também foram eleitos o grupo que avaliará as estratégias e a governança da atual gestão, e o grupo que irá preparar a próxima assembleia, em 2030. Além disso, foram acolhidas quatro novas igrejas-membro (Leia mais).
Temas diversos abordam questões de igreja e sociedade
Ao longo dos oito dias de trabalho, o comitê se ocupou com diversos assuntos. Os painéis diários abordaram temas como: o contexto sul-africano e o papel das igrejas no fim do Apartheid; a celebração dos 1700 anos do Concílio de Niceia e a preparação para a conferência global da Comissão Fé e Ordem, que tratará do tema; as mudanças climáticas e o lançamento da Década Ecumênica de Ação para a Justiça Climática 2025–2030. A continuidade das reflexões sobre a prioridade global da justiça de gênero também esteve em pauta.
O Comitê Central também se debruçou sobre diversas situações preocupantes no cenário global. Neste contexto, emitiu declarações públicas a respeito da situação na Palestina, das ameaças à paz, do conflito entre EUA e Irã, dos 80 anos das Nações Unidas e seu enfraquecimento, de questões sensíveis na América Latina, do conflito entre Rússia e Ucrânia, entre outras.
No domingo, foi possível experimentar a vivência da comunhão em diferentes igrejas da região de Johannesburg. À tarde, o grupo visitou o Museu do Apartheid e a Colina da Constituição — antiga prisão que, hoje, abriga a Suprema Corte da África do Sul.
A IECLB integra o Conselho Mundial de Igrejas desde 1952 e soma-se ao seu incessante testemunho na busca por justiça, reconciliação e unidade.
Crédito das fotos: Albin Hillert/WCC e P. Mauro Souza