É tempo de Advento! É tempo de esperança! Os quatro domingos antes do Natal marcam essa época. Mas, o que é mesmo esperança?
Paulo Freire faz uma diferença entre esperar e eperançar, verbo criado por ele. “Esperar” indica uma atitude estática. Parado ou sentado, espero que algo aconteça, sem interferir. Já “esperançar” é uma ação dinâmica, inclui minha participação.
Vejo alguém doente, cada vez com maiores dificuldades. Posso simplesmente esperar que essa pessoa melhore. Porém, posso também levá-la para meu carro e ir com ela ao médico ou ao hospital, para que seja medicada. A primeira atitude indica “esperar”; já a segunda representa “esperançar”.
Como vamos vivenciar o Advento? Todos os anos o vivenciamos esperando o Natal. Montamos uma coroa de Advento, com ramos de cipreste ou de pinheiro, com quatro velas coloridas afixada sobre ela. Assamos biscoitos de mel ou de outro tipo, enfeitados com confeitos coloridos. Cantamos hinos festivos e preparamos nossa sala para o grande evento, o Natal. Tudo isso é “espera”. Muito bonito! Tudo isso nos enche de ternura e de alegria. Porém, não é mais do que “espera”.
O que seria, então, “esperançar”?
O capítulo 25 do Evangelho de Mateus nos dá uma resposta. Leia o texto (Mt 25.31-46). Podemos esperançar o Advento dando um prato de comida a quem está faminto, um copo de água ao sedento. São as tarefas mais fáceis. Mas também podemos abrigar um forasteiro, dar roupas a quem delas precisa. Ou ainda visitar um doente ou alguém que está na cadeia. Estas são mais difíceis. Porém, todas elas são atitudes que preparam o caminho para o Rei que vem.
Anime-se! Tente “esperançar” o Advento.