Em reunião com representantes da Organização Mundial do Comércio (OMC), celebrada hoje, em Genebra, líderes de organizações ecumênicas pediram mudanças nas regras e procedimentos que regem o comércio internacional.
Demandamos que nosso governo e os governos do mundo mudem as regras e práticas que regem o comércio internacional, para que dêem prioridade aos direitos humanos, proteção do meio ambiente e contribuam para erradicar a pobreza, diz a petição assinada por 264 dirigentes cristãos de todo o mundo, entre eles o Pastor Presidente Walter Altmann, que em nome da IECLB também aderiu à causa.
O documento foi entregue pessoalmente ao diretor de Relações Exteriores da OMC, Alain Frank, em reunião realizada na sede desta organização.
A apresentação do documento integra a Semana de Ação Global sobre o Comércio, que ocorre de 10 a 16 de abril, e é patrocinada, entre outras organizações, pela Aliança Ecumênica de Ação Mundial.
A Aliança é uma rede ecumênica internacional, integrada por mais de 85 igrejas e organizações cristãs, que tem se comprometido a falar abertamente a uma só voz contra a injustiça, as estruturas de poder e as práticas que privam os seres humanos de sua dignidade. A entidade oferece visões alternativas fundamentadas no Evangelho.
A delegação recebida na OMC foi encabeçada pelo secretário geral do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), Samuel Kobia. Ele destacou que o comércio não é somente um assunto econômico, mas de é. Queremos um mundo onde os sistemas globais de comércio dêem prioridade aos que vivem na pobreza, agregou.
Integraram a delegação o reverendo Setri Nyomi, secretário geral da Aliança Reformada Mundial, Peter Prove, da Federação Luterana Mundial (FLM), o irmãoYves Soudan, da Franciscanos Internacional, e Clarissa Balan, da Associação Cristã de Jovens Mulheres.
Frank assegurou que a OMC compreende e compartilha as preocupações dos líderes ecumênicos, porém aconselhou-os a dirigir suas petições aos governos e outras agências das Nações Unidas, pois a OMC não pode fazer mais do que é o seu mandato. Ele agradeceu, mesmo assim, o diálogo e a oportunidade de trabalhar de forma conjunta.
Fonte: ALC