Caros Membros e Amigos da Paróquia Vila Campo Grande – Diadema!
Neste domingo vamos estudar uma conhecida história de cura de Jesus de Marcos 2,2-12. Jesus está em uma casa cheia de gente e de repente recebe visita pelo teto que foi o único caminho que um homem paralítico e seus carregadores encontraram para chegar perto de Jesus.
Jesus lhe concede o perdão dos pecados e, para mostrar que ele realmente possui autoridade para tal coisa, o cura. Entre as muitas implicaões e dúvidas que esta história levanta, chama atenção um detalhe que no texto é apresentado como uma condição para o agir de Jesus.
Diz no v.5: «E Jesus viu que eles tinham fé…». Esta observação podemos ler no contexto de várias histórias de curas. E nos deixa um pouco sem jeito, porque abre margem para interpretações equivocadas. Muito já se abusou desta palavra para explica uma cura que não ocorreu, alegando a suposta falta de fé da pessoa enferma.
Por isso tendemos de pular esta parte. Mas a bíblia insiste nela, e nos força a encarar a questão da fé como algo que faz diferença diante de Deus e da vida.
Fé é dádiva de Deus, é ele em ação em nossa vida. Jesus simplesmente percebe que havia Deus presente na vida deste homem paralítico, e foi isto que permitiu a cura. Não alguma qualidade da pessoa, mas sim a presença de Deus.
Vamos buscar esta presença divina porque é ela que nos transforma!
Saudações!
P. Guilherme Nordmann
Veja o que tem de novo em www.luteranos.com.br/capeladecristo:
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11/10/2015
19º Domingo
após
Trindade |
17:00 h: Ensaio do Coral
19:00 h(!): (P. Guilherme) – Culto
Marcos 2,2-12: A fé que cura
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15/10/2015
Quinta
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14:30 h: Reunião do grupo de Mulheres
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18/10/2015
20° Domingo
após
Trindade
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10:30 h: (Célio Silva ) – Culto
12:00 h: Ensaio do Coral
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Palavra da Semana – Para nossa reflexão
Reforma em Meditação – Temas da Fé Luterana para o dia a dia
Meditação de 09/10/2015
Na liturgia do culto luterano confessamos dominicalmente os nossos pecados. Qual é a força do pecado depois da morte e ressurreição de Cristo para que isto ainda seja necessário?
O pecado em Lutero, de uma maneira geral, pode ser compreendido como um ”afastamento voluntário de Deus e um voltar-se exclusivamente para si próprio. Ou seja, em vez de Deus estar ao centro e receber do ser humano o reconhecimento pela confiança e justiça, o próprio ser humano se concebe neste lugar.
É o que na teologia se chama de ”o ser humano quer ocupar o lugar de Deus. ”… que rebelião, que impiedade, que ofensa contra Deus é maior do que não crer no Promitente? Que outra coisa é isto do que ou fazer Deus de mentiroso ou duvidar que seja veraz? isso é, atribuir a verdade a si mesmo, a Deus, porém, a mentira e a vaidade Não se nega a Deus com isso e não se erige a si mesmo como ídolo no coração? Que, pois, valem as obras realizadas nesta impiedade, ainda que sejam angélicas e apostólicas?
Essa natureza corrompida é obra de Satanás no ser humano. É ele quem gesta no ser humano o fato da ”natureza ser corrupta, de serem maus os pensamentos, as palavras e as obras”.A justificação da pessoa é a libertação do ser humano de si mesmo, desta natureza corrupta, deste encurvar-se para si mesmo, e voltar os olhos para Deus.
Na cruz Cristo me liberta do meu próprio egoísmo e me reconcilia com Deus. ”Quando, porém, Deus vê que lhe é atribuída a verdade e que é honrado pela fé de nosso coração com tão grande honra como ele a merece, também ele nos honra, atribuindo a nós a verdade e a justiça por causa desta fé. Pois a fé faz a verdade e a justiça, devolvendo a Deus o que lhe pertence.” (Obras Selecionadas, vol 2, p.441-442; Livro de Concórdia, p.553.39).
O que aprendo disso com Lutero? Aprendo que a tendência natural do ser humano é olhar para si mesmo, colocar-se como centro e referência de tudo, ocupando o lugar de Deus. Aprendo que pela confissão Deus e o ser humano são colocados nos seus respectivos lugares como Criador e criaturas.
Oração:
”Se mil pecados em nós há, em Deus há mais piedade.
Por sua mão nos guiará em luta e tempestade.
Só ele é nosso Bom Pastor que salvará por seu amor
seu povo dos pecados”. Amém.
HPD 147 – Martim Lutero