A Rede de Mulheres e Justiça de Gênero da América Latina e Caribe põe à sua disposição uma liturgia para celebrar o Dia da Reforma. A liturgia, elaborada pela Dra. Soraya Heinrich Eberle, oferece recursos que convidam à reflexão sobre a Reforma Luterana numa perspectiva de gênero.
Gálatas 5.1 é o lema bíblico escolhido para a celebração: “Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, ao jugo de escravidão”.
A Rosa de Lutero é o símbolo que perpassa a liturgia, a partir da qual se propõe uma dinâmica que envolve a preparação de um buquê de rosas brancas (na falta delas, outra flor branca da região) e a participação de cinco pessoas.
É uma liturgia eucarística, que pode ser adaptada conforme a sua criatividade ou necessidade, a partir de cada contexto e realidade.
Compartilhe este recurso com irmãs e irmãos de fé. Se for possível, envie-nos fotos e um breve relato da atividade realizada em sua comunidade ou grupo. Será uma alegria divulgar essa atividade em nossa rede social.
Belinda Colindres, Carmen Michel e Georgina Arriagada
Coordenação da Rede de Mulheres e Justiça de Gênero da América Latina e Caribe
A liturgia está disponível para Download (arquivo PDF) no final da página, em português e espanhol. Confira, abaixo, a versão em português:
LITURGIA DIA DA REFORMA
Caminhando em liberdade para servir em amor
LITURGIA DE ENTRADA
Sinos
Prelúdio com procissão de entrada
Trazendo os elementos da Ceia do Senhor, a bíblia, uma imagem/quadro da Rosa de Lutero (se houver disponível) e um buquê de cinco rosas brancas (na falta delas, outra flor branca, de acordo com a região). Colocam-se à frente, ainda segurando os elementos, para depois de cada fala colocá-los sobre o altar.
Se a comunidade trouxer outros elementos ao altar, estes podem ser depositados logo na chegada, pois não serão mencionados a seguir.
Durante a procissão, a comunidade ou um grupo canta Gálatas 5.1 (partitura em anexo), que também será cantada no envio.
Saudação:
L. Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, ao jugo de escravidão. Assim escreveu Paulo, na Epístola aos Gálatas 5.1.
L: Sejam bem-vindas e bem-vindos a esse culto, quando celebramos a Reforma Luterana. Há mais de 500 anos, um grupo de pessoas, liderado por Martinho Lutero, reencontrou um Deus de graça, amor e liberdade. Podemos dizer que há liberdade em nosso mundo e em nossas relações? Hoje, vamos refletir sobre isso. Para ajudar em nossa reflexão, trazemos ao altar esses símbolos:
L: Elementos da ceia: hoje receberemos outra vez o benefício do que Jesus Cristo fez por nós. Por ele podemos ser livres e viver em comunhão com Deus e com as pessoas, construindo relações justas e amorosas.
L: Bíblia: a palavra de Deus, usada por vezes de forma enganosa, para oprimir, é o grande tesouro, uma carta de amor de Deus por todas as pessoas. Celebramos hoje o Evangelho que traz vida a todas e todos nós.
L: Rosa de Lutero: Na Rosa de Lutero, o reformador reuniu, de forma visual, os principais elementos da Teologia da Graça, que nos lembra que, pela fé, podemos achegar-nos a Deus, e não seremos rejeitadas ou rejeitados.
L: Rosas brancas: E ao explicar os elementos da Rosa de Lutero, em uma carta a Spengler, em 8 de julho de 1530, Lutero fala sobre a rosa branca: “O coração deveria estar no meio de uma rosa branca, indicando que a fé traz alegria, conforto e paz. Portanto, a rosa deveria ser branca e não vermelha; pois o branco é a cor do que é espiritual e de todos os anjos”¹
Voto trinitário:
L. A graça de Jesus Cristo, o amor do Deus libertador e a comunhão amiga do Espírito Santo estejam com vocês.
C: E com você também!
L: Cantemos ao Senhor com alegria, porque sua graça nos desperta todas as manhãs, assim como o sol que ilumina o dia.
♫ Canto de entrada: O dia nasce com fulgor (LCI 497)
Kyrie eleison:
L: Rosas brancas são flores delicadas. Necessitam cuidados. Qualquer chuva forte ou sol escaldante acaba com suas pétalas. Alegria, conforto e paz não são realidade para muitas pessoas no mundo. Como Igreja reunida em culto, não nos distanciamos da realidade de opressão e de guerra que assola o nosso mundo. Nossa fé nos orienta a olharmos para a realidade e nos juntarmos às vozes que clamam a Deus por compaixão.
(Cada leitora ou leitor pega uma rosa do altar e a mantém em sua mão. Após a sua fala, enquanto a comunidade canta algum refrão conhecido de Kyrie eleison, deposita a rosa no chão. Ao final, todas as rosas estarão no chão).
L1: Uma pesquisa realizada em 57 países em desenvolvimento, pelo Fundo da População das Nações Unidas, revela que 45% das mulheres não têm liberdade sobre seus corpos, o que inclui direitos referentes a planejamento familiar, cuidados médicos, liberdade de ir e vir e relações sexuais. Em três países da África, esse número chega a mais de 90% das mulheres. Tem misericórdia, ó Deus.
C: ♫ Kyrie eleison (primeira rosa é depositada no chão)
L2: Em 29 de fevereiro deste ano, uma pesquisa da Freedom House trouxe dados alarmantes sobre o decréscimo da liberdade no mundo. Cerca de 38% da população mundial vive em países classificados como não livres, 42% em países parcialmente livres e apenas 20% vivem em países livres. Tem misericórdia, ó Deus.
C: ♫ Kyrie eleison (segunda rosa é depositada no chão)
L3: Muitos povos e pessoas têm sofrido sob a opressão de outros povos. Vemos guerras por controle de territórios, de recursos, privação de acesso à subsistência e produtos básicos, embargos, genocídios e aniquilamento de populações mais frágeis. Nos perguntamos: isso permite viver em liberdade? E clamamos: Tem misericórdia, ó Deus.
C: ♫ Kyrie eleison (terceira rosa é depositada no chão)
L4: Nas guerras, mulheres e crianças são alvos. São privadas totalmente de sua liberdade de existir. Com medo, precisam se esconder, arriscar-se em fugas perigosas, ou estão sujeitas a violações, agressões e morte. Não têm acesso a cuidados de higiene, alimentação e saúde, que são básicos. Viver em fuga não é liberdade. Tem misericórdia, ó Deus.
C: ♫ Kyrie eleison (quarta rosa é depositada no chão)
L5: Ainda hoje, pessoas vivem em condições análogas à escravidão, em várias partes do mundo. Na América Latina, essa situação é especialmente alarmante. Isso inclui escravidão, servidão por dívida, trabalho forçado, jornada exaustiva, sem dias livres ou descanso, condições degradantes com retenção salarial, isolamento geográfico e apreensão de documentos e o tráfico de pessoas. Em muitos países, não há legislação que defenda pessoas trabalhadoras, e a maioria dos postos de trabalho são subempregos. Nessas condições, em muitos lugares, as pessoas que mais sofrem são crianças e mulheres. Tem misericórdia, ó Deus.
C: ♫ Kyrie eleison (quinta rosa é depositada no chão)
L: Tem compaixão, ó Deus, e escuta nosso clamor.
C: Amém. Glória
L: Em meio aos sofrimentos em nosso mundo, Deus nos reúne e nos congrega. Nos alimenta com sua Palavra e com a Ceia. Confiando em suas promessas e vivendo por sua graça, louvamos a Deus, cantando:
♫ C: Glória, glória, glória, lá nas alturas a Deus (LCI 72)
Oração do dia
L: Deus de graça, em Cristo nos libertas da escravidão, opressão e sofrimento. Nós te pedimos: ensina-nos a acolher a graça amorosa em nossas relações, para que possamos viver plenamente, em fé e liberdade, e servir em amor. Assim pedimos, em nome de Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo.
C: Amém.
LITURGIA DA PALAVRA
Hino:
L: Preparemo-nos para acolher as leituras da Palavra de Deus, cantando:
♫ C: Louvemos todos juntos, louvemos todas juntas (LCI 81)
Leitura do Antigo Testamento
L: O que pode acontecer se uma mulher contrariar seu marido, alguém poderoso e autoritário? Desde os tempos bíblicos, mulheres são usadas para “dar exemplo”, como aconteceu com a rainha que vamos encontrar hoje. Leitura do livro de Ester 1.10-22.
L: Leitura
Leitura da epístola
L: O que determina nossa liberdade, nossa dignidade ou nosso pertencimento? Serão sinais externos, rituais, mutilações corporais? Façamos a leitura da epístola aos Gálatas 5.1-6.
L: Leitura
Aclamação do Evangelho
L: Celebremos e aclamemos o Evangelho de Jesus Cristo entre nós, palavra de graça e liberdade.
♫ Aleluia (Do Caribe, LCI 188)
L: Leitura do santo Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo segundo João 8.31-36.
L: Leitura
L: Palavra do Senhor.
C: Louvado sejas, Cristo!
Pregação
Hino: Ó Santo Espírito do Senhor (LCI 469)
Oração de intercessão
L: Nossa liberdade nos é dada para que possamos servir. Podemos fazer isso orando, intercedendo em favor de outras pessoas. É o que faremos agora.
L: Graças te damos, Deus da Vida e da Graça, porque podemos ouvir tua Palavra e recordar de tantas pessoas que antes de nós viveram e lutaram por dignidade, liberdade e paz, a partir de sua fé. Graças damos pelas mulheres anônimas, que ajudaram a expandir os movimentos de Reforma. Não somente há séculos atrás, mas até hoje, em nossas comunidades de fé ao redor do mundo.
L1: Oramos pelas pessoas incumbidas de funções específicas na Igreja, para que encontrem força em suas tarefas, sejam sábias e amorosas nas relações. Oramos para que a Igreja seja agente de libertação e serviço a partir da fé, e não um espaço de controle. Que possamos acolher, fortalecer, ser refúgio e voz profética contra toda opressão.
♫ C: Vê a aflição de teu povo (LCI 195) (durante o canto, pegar uma rosa do chão e a recolocar sobre o altar)
L2: Oramos por tantas pessoas que vivem no mundo em contextos de privação de liberdade, seja por governos autoritários, seja por encarceramento injusto. Por isso, oramos também pelas autoridades e as pessoas que detêm poder. Que, quando necessário, se arrependam e mudem seus corações e suas ações, atuando com coragem contra todas as formas de opressão e injustiça.
♫ C: Vê a aflição de teu povo (durante o canto, pegar uma rosa do chão e a recolocar sobre o altar)
L3: Oramos por todas as mulheres que ainda hoje sentem que sua voz, seu corpo e seu pensamento não são livres. Não têm liberdade nem para viver, nem para te servir. Que sejam fortalecidas na fé e acolhidas em redes de apoio e libertação.
♫ C: Vê a aflição de teu povo (durante o canto, pegar uma rosa do chão e a recolocar sobre o altar)
L4: Oramos pelas vítimas mais vulneráveis das guerras e conflitos. Pedimos por mulheres e crianças que necessitam viver entre se ocultar e fugir. Que sofrem privação de sua liberdade de existir de forma digna, presenciando violências cotidianas. Oramos por pessoas enfermas e de idade avançada, com dificuldades de locomoção. Oramos por pessoas que realizam trabalhos humanitários. Oramos por mulheres e homens soldados que não querem estar na guerra. Não pedimos somente por força e resiliência, também clamamos pelo fim dos conflitos.
♫ C: Vê a aflição de teu povo (durante o canto, pegar uma rosa do chão e a recolocar sobre o altar)
L5: Oramos pelas pessoas que estão submetidas a condições de escravidão, privação de seus direitos, subempregos, tráfico de pessoas. Pelas pessoas que, por fome e desespero, migram, e encontram situações ainda mais difíceis, no caminho ou no destino. Que essas realidades sejam transformadas.
♫ C: Vê a aflição de teu povo (durante o canto, pegar uma rosa do chão e a recolocar sobre o altar)
L: Oramos com fé, porque sabemos que Deus nos ouve. Em nosso coração, trazemos os demais pedidos. Intercedemos por todas essas situações, em nome de Jesus Cristo, no poder do Espírito Santo.
C: Amém.
LITURGIA DA CEIA DO SENHOR
Ofertório:
L: Por sermos livres, não vivemos em nós mesmas e nem para nós mesmas. Pela fé, vivemos em Cristo; pelo amor, voltados à próxima, ao próximo. Por isso é que exercitamos a solidariedade. Recolheremos as ofertas de hoje, enquanto cantamos: (mencionar o destino das ofertas):
♫ C: Te ofertamos nossos dons (LCI 217)
Oração do ofertório:
L: Que Deus, o libertador, esteja com vocês.
C: E também com você.
L: Elevem os seus corações a Deus.
C: A Deus os elevamos.
L: Vamos louvá-lo e agradecer-lhe?
C: Sim, vamos render-lhe o nosso louvor.
L: É digno, justo e nosso dever que, em todos os tempos e lugares, rendamos graças a ti, ó Deus, que nos cercaste de muitas testemunhas, como as mulheres e os homens, reformadoras e reformadores da Igreja, para auxiliar-nos a perceber a essência do teu Reino. Por isso, louvamos e adoramos o teu glorioso nome, cantando:
♫ C: Santo, santo, santo (LCI 239)
L: Graças te damos, Deus da liberdade, que vieste a nós em Jesus, teu Filho, que acolheu as pessoas rechaçadas e desprezadas, libertou as oprimidas e proclamou o novo tempo. Foi crucificado, mas ressuscitou e vive.
C: Ele veio nos salvar.
L: Reunidas e reunidos ao redor desta mesa, relembramos que Jesus também se reuniu com as pessoas mais próximas dele e instituiu o que hoje aqui celebramos.
Na noite em que foi traído…
C: Jesus, anunciamos tua morte. Louvamos tua ressurreição. Até que venhas com teu poder.
L: Envia, Deus benigno, o Espírito de vida e liberdade, a Ruach divina, que sopre entre nós para que, partilhando o pão da vida e o cálice da salvação, sejamos libertadas e libertados de toda opressão e nos tornemos, em Cristo, um só corpo, que anuncia a esperança.
C: Sopra sobre nós! Liberta-nos! Transforma-nos!
L: Conduze-nos para a festa da vida em teu Reino, junto com todas as pessoas que viveram e vivem na tua amizade e paz.
C: A ti, trino Deus, rendemos toda a honra e toda a glória, agora e para sempre. Amém. Pai Nosso
Gesto da paz
L: Testemunhemos a paz que recebemos de Jesus Cristo. Que a paz de Deus esteja com todas e todos vocês!
C: E também com você!
L: Demos umas às outras, uns aos outros, um sinal de reconciliação, saudando-nos na paz de Cristo, enquanto cantamos:
♫ C: Justiça terá por fruto (LCI 261)
Fração
L: O pão que partimos e repartimos é a comunhão (elevar e fracionar) do corpo de Cristo.
L: O cálice da bênção pelo qual rendemos graças é a comunhão do sangue de Cristo (elevar).
C: Mesmo sendo muitas pessoas, somos um corpo em Cristo.
Comunhão
L: Venham com liberdade e amor à mesa da comunhão: quem convida é Jesus!
Oração pós-comunhão
L: Oremos. Deus da liberdade, agradecemos-te pela nova vida e pela liberdade que nos concedeste por meio desta comunhão. Faz que esta Ceia nos fortaleça na fé em ti e no amor entre nós. Isto te pedimos, em nome do teu filho Jesus Cristo.
C: Amém!
LITURGIA DE SAÍDA
Hino
Cantamos, porque somos filhas e filhos de um Deus de vida e de esperança. Ao sair deste culto, vamos com ideias e sonhos de um mundo transformado. Vamos revigoradas e revigorados por uma palavra de vida. Cantemos!
♫ C: Sim, vale a pena viver (LCI 559)
Bênção e envio (Salmo 67.1,2)
L: Seja Deus gracioso para conosco, e nos abençoe,
e faça resplandecer sobre nós o seu rosto;
para que se conheça na terra o seu caminho
e, em todas as nações, a sua salvação.
Assim nos abençoe o Trino Deus.
C: Amém.
Envio
L: Vamos, caminhemos e sirvamos a Deus com alegria e ações de graças, porque Cristo nos libertou.
♫ C: Foi para a liberdade que Cristo nos libertou
AUXÍLIOS PARA A PREGAÇÃO
Perguntas:
- O que significou a desobediência de Vasti, como punição exemplar na sua época e sociedade? Segue acontecendo?
- Como a Igreja ajuda/dificulta para mulheres viverem a liberdade garantida pela fé?
- Como Igreja, quais os jugos de escravidão (estereótipos/sinais externos/rituais) que estamos impondo? Como eles destroem a “rosa branca” (alegria, conforto e paz)?
Sugestão: inspirar-se na vida de Marie Dentière (1495-1561), de Genebra, que assinou seu próprio nome em seus escritos: era uma ex-freira que se tornou a companheira reformadora de Calvino, em Genebra, embora não tenha sido reconhecida como tal. Foi uma importante liderança, que trabalhou junto às freiras na cidade e escreveu suas observações em primeira mão, a respeito das Reformas durante a liderança de Calvino.
Escritora feminista e abertamente protestante, Marie deixou três textos atribuídos a ela: um relato sobre os eventos em Genebra entre 1532-36, uma carta à Marguerite de Navarra, incluindo uma “Defesa das Mulheres”, e um Prefácio ao Sermão de Calvino sobre o Vestuário Feminino. O último texto, abordando a questão dos pecados de vaidade das mulheres, bem como o silêncio de Calvino sobre a contribuição de Marie na cidade, é indicativo de sua demissão como teóloga por causa de seu gênero. Plenamente ciente das fronteiras e ideais de gênero, Marie já havia escrito uma defesa explícita da voz das mulheres no ensino público. Em pouco tempo, a publicação de suas obras foi interrompida pelas penalidades impostas a seu editor.
Ela escreveu, denunciando que também nos círculos das Reformas a vida das mulheres podia não ser um “mar de rosas”:
“Não são apenas os caluniadores e opositores da verdade que nos acusam de muita ousadia e imprudência, mas também os crentes que dizem: as mulheres são ousadas demais para trocar as Sagradas Escrituras por escrito. A eles pode-se responder com calma que todas as mulheres que escreveram e que são versadas nas Sagradas Escrituras não podem ser consideradas imprudentes; especialmente porque várias mulheres assim são elogiadas nas Sagradas Escrituras, tanto por suas virtudes, sua atitude, seus gestos, seu exemplo, quanto por sua fé e ensino”.
(Marie Dentière, Defesa das Mulheres, 1539.)
Também é um importante sinal de que houve vários movimentos de Reforma, e não se pode estabelecer tão fixamente fronteiras e datas. Por isso, se pode falar em Reformas da Igreja no século XVI, com os outros movimentos reconhecendo e adotando o 31 de outubro como uma data simbólica conjunta.
Gálatas 5.1

Soraya Heinrich Eberle