Brasília/DF, 16-20 de outubro de 2024.
“Eis que estou com vocês todos os dias, até o fim dos tempos” (Mateus 28.20b).
Com gratidão, celebrando o jubileu dos 200 anos de Presença Luterana no Brasil, ocorreu o XXXIV Concílio da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), em Brasília, Distrito Federal, sob o tema: “Que Igreja Deus nos chama a ser?”. Conciliares, convidados e convidadas foram recebidos e recebidas com alegria pela Comunidade Evangélica de Confissão Luterana de Brasília e pelo Sínodo Brasil Central.
Conciliares chegaram um dia antes para participar da sessão solene pelo jubileu na Câmara dos Deputados. Tempo de testemunhar publicamente a fé, dialogar com a diversidade de forças políticas do país e apresentar a visão e relevância da IECLB no Brasil.
O Concílio refletiu a Igreja que somos: fruto da fé solidária que deu respostas de vida às dificuldades da chegada das pessoas imigrantes. Fé e serviço andaram de mãos dadas. A IECLB, hoje, quer estar atenta para a realidade em que está inserida e ser resposta evangélica para o cuidado com a criação e para a superação das injustiças econômica, de gênero, racial e socioambiental, seguindo em um só testemunho a fé e o serviço.
Historicamente, fomos igreja identificada com povos europeus. O Brasil é plural e multicultural. Aproximar-se desta pluralidade é compromisso decorrente do Evangelho. A IECLB continuará o diálogo com coragem, respeitará as suas origens e, ao mesmo tempo, acolherá os impulsos do Espírito Santo que a move a assumir a pluralidade da realidade no Brasil.
Aprovamos as novas Metas Missionárias para os anos de 2025-2030. Animamos todas as unidades de missão a acolhê-las como orientadoras da missão, formação, diaconia, comunicação e gestão. Elas são formas de promover a missão da Igreja, o protagonismo de cada pessoa batizada onde ela se encontra e fomentar a vitalidade comunitária, o crescimento integral e a incidência do testemunho público da IECLB.
O símbolo que acompanhou o Concílio é o Ipê: árvore presente no cerrado, bioma onde nos encontramos. A flor do Ipê que desabrocha traz nova vida e anuncia a esperança. Sinais experimentados pelas comunidades do Rio Grande do Sul quando receberam ajuda de perto e de longe no período das enchentes. A fé solidária é a ressurreição de um povo. Que possamos seguir desabrochando ações de amor, justiça e esperança a partir das vivências do Evangelho, pois a vida cotidiana revela a fé que professamos.